Legionário Urbano: Consumo precoce de álcool corrói a juventude luzense

vemvercidade 18 Fev, 2017 15:47 - Atualizado em 18 Fev, 2017 15:54 Legionário Urbano
No Norte e Nordeste do país, a preferência é pela cerveja.
Reprodução No Norte e Nordeste do país, a preferência é pela cerveja.

Quase 40% dos adolescentes brasileiros experimentaram álcool pela primeira vez entre 12 e 13 anos, em casa. A maioria deles bebe entre familiares e amigos, estimulados por conhecidos que já bebem ou usam drogas, uma realidade que se potencializa frente à baixa atuação de politicas públicas que não oferecem aos jovens em Santaluz alternativas e oportunidades de lazer, o que acaba perpetuando a cultura do consumo de álcool com esse propósito. 

A cada fim de semana vemos nossos bares e eventos festivos espalhados no município lotados de crianças e adolescentes com cada vez menos idade, um pouco por conta da grande desestruturação familiar e inversão de valores presente na sociedade contemporânea, que em parte é reflexo do descaso às leis que condenam e tipificam como crime a presença dos menores e a venda de álcool a esse público - De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, regulamentado pela Lei 13.106/ 2015, vender ou oferecer bebida alcoólica para menores de 18 anos é crime que pode resultar em detenção de dois a quatro anos do vendedor, aplicação de multa de até R$ 10 mil ou interdição do local de venda. -, mas também pela autonomia precoce que crescem entre os jovens. 

O resultado disso é a exposição a situações de violência sexual e a tendência de apresentar comportamentos considerados de risco, como praticar atividade sexual sem proteção, o que pode levar à gravidez precoce e à exposição a doenças sexualmente transmissíveis, além da condução também inapropriada de veículos causando acidentes que são registrados a cada final de semana na cidade.

Os riscos são inúmeros, os médicos ressaltam que quanto menor a idade de início da ingestão de bebida alcoólica, maiores as possibilidades de se tornar um usuário dependente ao longo da vida, o que eleva o problema do consumo precoce de álcool e outras drogas a um problema de saúde pública, seguindo as diretrizes da Organização mundial da Saúde.

Já existem por aqui alguns projetos notáveis que viabilizam a mudança de vida e busca por vidas mais saudáveis e distantes do consumo de álcool, toda via a cada um ainda cabe a responsabilidade de acompanhar seus familiares e amigos mais próximos, buscar afasta-los das tentações desta prática e cobrar do poder público ações que inibam o consumo e  possibilitem alternativas para juventude local.