Legionário Urbano: Os perigos de nadar em tanques e aguadas
A recente chuva em nossa região trouxe consigo uma série de benefícios para população, principalmente na zona rural dos municípios que sofrem com escassez de água e tiveram em vários pontos o acúmulo do liquido.
No entanto, aliado aos bons frutos, o acúmulo da água em tanques, represas e rios traz consigo também uma situação de risco comum entre os jovens e principalmente crianças, já que a água acaba se tornando uma perigosa alternativa de lazer.
Em Santaluz, pontos como Açude Tapera, Tanque Grande e outras concentrações de água atraem jovens e crianças que sem qualquer acompanhamento e sem a devida cautela necessária, utilizam dessas aguadas para tomar banho e realizar mergulhos. Erroneamente utilizam estes locais como piscinas naturais, correndo risco de afogamento e sofrer ferimentos, devido a objetos e a estrutura rochosas escondidas pela água.
Em Retirolândia, município da nossa região sisaleira, duas pessoas morreram afogadas na segunda-feira (20). A primeira situação ocorreu pela manhã em uma represa localizada na comunidade de Lagoa Grande, o corpo de um homem de 41 anos foi encontrado boiando às margens do local. A outra ocorrência foi em uma represa localizada no povoado de Gameleira, a vítima dessa vez foi um garoto de 9 anos, o seu corpo foi resgatado pela Guarda Civil Municipal após horas de buscas.
Segundo dados da UNICEF (United Nations Children's Fund), o afogamento ainda é responsável por meio milhão de mortes por ano em todo o mundo, continuando a ser a segunda causa de morte acidental nas crianças – apenas ultrapassada pelos acidentes rodoviários.
Aliviar o calor tomando banho em cavas, represas ou tanques é uma atitude que requer muitos cuidados. São locais que representam um perigo muito grande porque possuem fundos irregulares, têm sujeiras e outros objetos que podem provocar afogamentos. Além do fundo desconhecido, muitos destes pontos possuem águas poluídas, que podem causar doenças.
Para muitos banhistas, o perigo de afogamentos não os amedronta e eles insistem em buscar diversão nestes lugares. Redobre a atenção aos amigos, familiares e principalmente as crianças, apesar de parecer um atrativo, a forma de lazer em áreas como essas oferecem perigos e podem trazer inclusive ceifar vidas.