Ministério Público recomenda que clássicos entre Bahia e Vitória sigam com torcida única em 2024
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou nesta segunda-feira (18), que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Bahiana de Futebol (FBF) mantenham a torcida única nos jogos entre os times do Bahia e do Vitória em 2024.
Segundo o MP-BA, a recomendação foi emitida pela promotora de Justiça do Consumidor Thelma Leal, após a manutenção da medida ter sido defendida por representantes da FBF, dos dois clubes e da Polícia Militar, durante reunião realizada em novembro.
Segundo o documento, a torcida única é uma das medidas de segurança que têm sido adotadas no país para reduzir conflitos entre torcedores dentro e no entorno dos estádios durante a realização de grandes clássicos, como é o caso do Ba-Vi.
A recomendação, conforme o órgão público, aponta que, em 2023, houve significativo número de relatos e registros de violência durante as partidas, inclusive de vandalismo, com prisão de torcedores e apreensão de pedaços de madeira, soqueiras, fogos de artifício, facas, máquinas de choque elétrico, entre outros instrumentos utilizados como armas para atos violentos.
Punição após confusão generalizado
Em 2017, a CBF, depois de recomendação do MP-BA, decidiu que as partidas entre Bahia e Vitória seriam disputadas com torcida única por causa de uma confusão no clássico do dia 9 de abril daquele ano.
Depois do jogo, durante briga fora da Arena Fonte Nova, um torcedor do Bahia foi morto e outro baleado. Em 2018, após seis jogos com torcida única, o clássico voltou a ter a presença das duas torcidas.
Este Ba-Vi aconteceu em fevereiro de 2018, mas ficou marcado por uma confusão generalizada dentro de campo, com sete jogadores expulsos, cinco deles do Vitória. Como o Rubro-Negro tinha apenas seis atletas no jogo - o mínimo permitido é sete -, perdeu por W.O.
Desde então, 13 partidas entre os times baianos foram disputadas, 11 com torcida única e dois sem a presença de torcedores por causa da pandemia da Covid-19, a qual não era permitida aglomeração nos estádios como forma de conter a disseminação do vírus.