Na cidade menos populosa da Bahia, vence a eleição quem procura eleitor que mora fora
Os aspirantes ao governo municipal de Catolândia, o menor município em população na Bahia, enfrentam um desafio peculiar: pensar além dos seus 3,4 mil residentes. Surpreendentemente, o número de eleitores excede a população local, com mais de 4 mil aptos a votar na última eleição municipal.
Para efeito de comparação, esse número representa menos da metade dos eleitores do vereador mais votado em Feira de Santana, a maior cidade do interior, em 2020.
Com uma considerável parcela de eleitores vivendo fora do município, os candidatos à prefeitura e às nove vagas da Câmara de Vereadores terão que estender suas campanhas para cidades vizinhas como Barreiras, São Desidério e Luís Eduardo Magalhães, conhecidas por sua prosperidade e infraestrutura robusta.
Segundo fontes da região consultadas pelo Bahia Notícias, aqueles que incentivarem a transferência de títulos eleitorais têm maiores chances de sucesso nas eleições.
Catolândia é frequentemente rotulada como a "prima pobre" do Oeste, com um PIB menor e uma área mais modesta. Sua economia é impulsionada principalmente pela agricultura familiar, com cultivos como cana-de-açúcar, e destaca-se na produção de leite, uma fonte de orgulho local e um dos principais motores econômicos da região.