Na política, quem decide é o Congresso', diz Nilo sobre tramitação de pacote anticrime

vemvercidade 29 Abr, 2019 18:48 - Atualizado em 29 Abr, 2019 18:51 Do Metro1

O deputado federal Marcelo Nilo (PSB-BA) comentou hoje (29), em entrevista ao Jornal da Cidade Segunda Edição, da Rádio Metrópole, as recentes polêmicas envolvendo o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele criticou a reação de Bolsonaro à fala do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (26), quando disse que o Brasil era governado por um “bando de malucos”.

“Se fosse um cachaceiro que desse certo no governo, tudo bem. E o governo Lula deu certo. Tanto é que saiu com 87% de aprovação. Em quatro meses, o governo Bolsonaro está descendo a ladeira. Não existe um único dia em que ele diga uma frase polêmica em entrevistas”, disse.

Sobre a desidratação que o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, vem sofrendo no Congresso, o parlamentar baiano declarou que o magistrado precisa diferenciar seu atual papel do que desempenhava quando ainda era juiz na operação Lava Jato.

“Ele é muito respeitado no Brasil, com uma popularidade maior do que a do próprio presidente da República. Ele pode negar suas qualidades e defeitos, diga-se de passagem, quando estava à frente da Lava Jato. Mas uma coisa é ser juiz. Na Justiça, ele manda e decide. Na política, quem decide é o Congresso", avaliou.

“[Moro] Tentou enfrentar o presidente da Câmara, mas [Rodrigo Maia] disse que o projeto era uma cópia de algo proposto anteriormente pelo Alexandre de Moraes [ministro do STF]. Eu diria que está muito engavetado. Para votar, precisa ter muita articulação política”, enfatizou.