O pequeno Poeta: Festejos Juninos, um sabor nordestino.

vemvercidade 13 Jun, 2018 13:23 - Atualizado em 13 Jun, 2018 14:01 Coluna: Pequeno Poeta
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Já abordei muitos temas.
Para quem quer refletir
Agora chamo a galera,
Que queira se divertir,
Para aplaudir essa rima,
Dançando a festa junina,
Com todo mundo a sorrir.

O Mês de Junho é inverno,
Mas não precisa de blusa,
Devoto de Santo Antônio,
Aposta que não infusa,
São João a dança é sem medo,
Já esperando o São Pedro,
O protetor das viúvas.

É uma grande mistura,
De festa, amor e de fé,
No Santo Antônio é namoro
E no São João cafuné,
No vai e vem do brinquedo,
Têm jovens que no São Pedro,
Já são marido e mulher.

A devoção com Antônio,
Faz parte da tradição,
Os jovens se aproximam,
Por medo da solidão,
E quem pretende casar,
Se demorar de encontrar,
Ao Santo faz oração.

Já São João é forró,
Com a família animada,
Fogueira acesa no centro,
Quadrilha bem ensaiada,
Com o sabor da pamonha,
Ninguém cochila nem sonha,
Dançando até madrugada.

Tem dança e tem pau de cebo,
Tem quebra pote e quadrilha,
Tem milho verde da roça,
Que o povo leva e partilha,
E vejam que o São João,
É festa de tradição,
Que valoriza a família.

Faz parte da encenação,
A peça de casamento,
Na qual os jovens namoram,
Pensando no sacramento,
Depois o padre é chamado,
E o casal convidado,
Para fazer juramento.

Com essa encenação,
Podemos compreender,
Que a festa de São João,
Não é só para beber,
Tem o sabor de partilha,
E mostra que a família,
Precisa prevalecer.

São Pedro vem no final.
Porém ainda é folia,
O Santo que as viúvas,
O guardam na companhia,
A ele acendem fogueiras,
Reúnem a família inteira,
E recuperam a alegria.

Portanto, a Igreja Católica,
No mês de Junho, bem cedo,
Começa com Santo Antônio,
Via por São João e São Pedro,
Tem Padre que nesse clima,
Celebra, e tira a Batina,
Para entrar no brinquedo.

No vai e vem do forró,
Não vale desunião,
Porque o clima é de paz,
Na festa de São João,
Com a juventude abraçada
Às altas da madrugada,
E ninguém tem solidão.

E tudo isso é gostoso,
Porque ninguém desanima,
A gente esquece o sono,
Nos braços de uma menina,
Parece mesmo loucura,
Mas como tudo é cultura,
Eu vim mostrar minha rima...


Produção, Justino Nunes. O pequeno poeta. (JUSTO). Junho de 2018