Olimpíadas trazem terrorismo à realidade e imaginação do brasileiro
Semana passada a operação “Hashtag” da Polícia Federal prendeu suspeitos de planejar atos terroristas no Rio de Janeiro, foram 12 mandados de prisão decretados pela PF e cumpridos entre quinta-feira (22) e ontem (24) em todo o país. O terrorismo que antes, mesmo visto com frequência nos telejornais ainda se encontrava fora da realidade brasileira, o que mudou com olhos do mundo voltados para ainda gestante olimpíadas do Rio 2016.
Nesse domingo (24) com o temor de ataques terroristas semeadas na imaginação do brasileiro, um suposto “homem-bomba” abalou candidatos da prova da OAB que seria realizada na Unijorge em Salvador, onde um dos candidatos insinuou estar carregando bombas presas ao corpo e aterrorizou milhares de pessoas. Após se entregar à polícia, constatou-se que homem carregava consigo balas de gengibre e que o caráter do "ataque" foi pessoal, sem pretensões terroristas.
A realidade é que o brasileiro acostumado com inúmeras outras mazelas ainda assistia intacto ao terrorismo crescente no mundo e nesta semana o pesadelo invadiu a realidade dos brasileiros. O medo se perpetua e nós exercemos ao mesmo tempo os papéis de aterrorizados e aterrorizadores, uma vez que a troca de informações na era dos aplicativos de mensagem se espalha na velocidade da luz, tornando quase impossível discernir o verdadeiro e o falso.
Ora, que os jogos comecem, mas que terminem e levem consigo a sensação de medo e insegurança trazidos pela sombra de um terror novo, inesperado e cheio de versões virtuais e banais que nos deixam ainda mais preocupados do que já estamos acostumados, afinal o terror olímpico pode ser novo, mas a sensação de temor já é uma velha companheira dos brasileiros.