Otto critica Bolsonaro e lembra que, em caso de golpe, general assume no lugar de capitão
O senador baiano Otto Alencar (PSD) utilizou suas redes sociais para criticar abertamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), após o encontro dele, em Brasília, com embaixadores de diversas partes do mundo. Na fala, Bolsonaro atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pôs em desconfiança a credibilidade das urnas eletrôncias, criando um discurso de fraude nas eleições. Nas principais pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro aparece atrás de Lula para o pleito de outubro, com risco de ser derrotado já no primeiro turno.
Para Otto, o presidente "flerta com o golpe". O senador utilizou a história para dizer que, caso isso ocorra, quem assumiria o poder não seria Bolsonaro. "O ditador seria um general da ativa. A hierarquia do Exército não aceitaria o capitão reformado por indisciplina ser o ditador Em 1964, foi um capitão?", questionou.
De fato, dos cinco presidentes militares que o Brasil teve, entre 1964 a 1985, nenhum foi capitão. Castelo Branco (1964 a 1967) era marechal, bem como seu sucessor, Costa e Silva (1967-1969). Já Médici (1969 a 1974), Geisel (1974-1979) e Figueredo (1979-1985) eram generais do exército.
Veja twitter de Otto:
Bolsonaro flerta com o golpe. Caso aconteça, Deus queira que não, o ditador seria um general da ativa. A hierarquia do Exército não aceitaria o capitão reformado por indisciplina ser o ditador. Em 1964, foi um capitão?
— Otto Alencar (@ot