Santaluz: Garis fantasiados de “fantasmas” protestam na Câmara após polêmica com vereador Paulão
Um grupo de garis da cidade de Santaluz, na região sisaleira da Bahia, transformou a sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (13), em palco de protesto. Vestidos de “fantasmas” e carregando faixas com frases como “Somos guerreiros da madrugada, somos garis e não fantasmas” e “Somos cidadãos de bem e queremos respeito”, eles exigiram reconhecimento e repudiaram qualquer associação da categoria a irregularidades. Tudo isso teve início após uma fala do vereador Paulão, na semana passada.
Foto: Notícias de Queimadas e Região
Entenda a polêmica
O ato foi motivado por declarações feitas na semana passada pelo vereador Paulo Sérgio (União Brasil), conhecido como Paulão. Durante seu discurso, o parlamentar denunciou supostos “cargos fantasmas” na administração municipal, sem citar nomes.
A fala gerou indignação entre trabalhadores da limpeza pública, que se sentiram alvo indireto da acusação. O protesto desta quarta foi a forma encontrada para rebater qualquer insinuação e reafirmar o valor do trabalho da categoria.
Vereador nega referência aos garis
Foto: VemVer Cidade/Arquivo
No plenário, Paulão voltou ao assunto e afirmou que tudo não passou de um mal-entendido:
“No pronunciamento nosso, que aqui repito, afirmei que a gestão municipal tem funcionários ‘fantasmas’. São os trabalhadores que estiveram aqui? De forma alguma. Eles vestem as fardas, saem para a luta de madrugada para manter as nossas ruas limpas”, declarou.
O vereador acrescentou que “em momento nenhum” citou a categoria, destacando que “um vereador não pode dizer que agente de limpeza é fantasma, com eles trabalhando e honrando o salário”.
Outro protesto
No mesmo dia, um grupo de moradores do povoado de Serra Branca, também em Santaluz, fez uma manifestação na Câmara de Vereadores para cobrar a conclusão da obra que levará água potável à comunidade.
Homens e mulheres compareceram ao plenário com chuveiros e baldes nas mãos, simbolizando a luta contra a falta de acesso à água tratada. “A gente quer saber por que a obra da água parou”, questionou uma das manifestantes.