Santaluz: Golpe do falso intermediário em 'venda' de moto provoca confusão e exposição indevida nas redes sociais

vemvercidade 26 Fev, 2025 22:16 - Atualizado em 26 Fev, 2025 23:51

Nesta quarta-feira (26), um episódio ocorrido em Santaluz, na região sisaleira da Bahia, provocou um grande mal-entendido envolvendo a venda de uma moto e um golpe conhecido como "falso intermediário". A confusão não apenas resultou em um incidente, mas também gerou danos à reputação de um jovem que, injustamente, teve sua imagem exposta nas redes sociais como criminoso.


O caso começou quando Bárbara Alves Silva, de 31 anos, anunciou sua moto NXR150 Bros ES, de cor amarela e ano 2008, em um grupo de vendas nas redes sociais há cerca de três meses. A moto, inicialmente avaliada em R$ 6,5 mil, atraiu o interesse de Fernando Reis Silva, de 22 anos, que entrou em contato com a vendedora para realizar a compra. O que parecia ser uma negociação simples logo se transformou em um episódio conturbado, caracterizado por uma série de equívocos e informações desencontradas.


De acordo com Fernando, ele foi convencido a pagar um valor bem abaixo do mercado, R$ 3,2 mil, por meio de um intermediário, sem saber que estava sendo vítima de um golpe. O criminoso agiu de maneira estratégica, manipulando as duas partes da transação ao fornecer informações diferentes sobre o preço e a negociação, impedindo qualquer tipo de comunicação direta entre comprador e vendedora.


O mal-entendido atingiu seu auge durante o encontro entre Fernando e Bárbara. Quando Fernando, ao perceber que havia sido enganado, tentou sair rapidamente do local com a moto, Bárbara, nervosa e sem compreender a situação, acreditou que estava sendo assaltada. A Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar foram acionadas.


Fernando, por sua vez, ao perceber o mal-entendido, procurou a Polícia Militar e a GCM para esclarecer sua versão dos fatos. Após a intervenção das autoridades, ele devolveu a moto à vendedora diante de testemunhas e autoridades, resolvendo a situação de forma pacífica. No entanto, antes que o desenrolar dos acontecimentos fosse totalmente esclarecido, uma notícia equivocada foi publicada por um blog local, dando conta de um "roubo" da moto. 


A publicação foi rapidamente compartilhada nas redes sociais, e a imagem do jovem passou a ser amplamente associada à de um suposto assaltante.


A exposição indevida do jovem gerou um grande constrangimento, já que ele estava sendo difamado como autor de um crime que não cometeu. Muitas vezes, as redes sociais funcionam como amplificadoras de informações errôneas, e, neste caso, a rapidez da disseminação da notícia fez com que Fernando fosse injustamente rotulado.


O golpe do falso intermediário, embora cada vez mais comum, ainda causa grandes transtornos e desinformação, principalmente quando os envolvidos não conseguem se comunicar diretamente ou têm acesso apenas a versões diferentes dos fatos. Nesse tipo de golpe, o criminoso se aproveita da boa-fé das vítimas, criando um ambiente de desconfiança e manipulação.


Neste episódio, não só o comprador e a vendedora foram afetados, mas também o próprio processo de comunicação e a responsabilidade das plataformas de mídia. A rapidez com que informações imprecisas se espalham e a falta de confirmação das fontes antes da publicação de notícias podem causar danos irreparáveis à imagem de uma pessoa.


O caso ainda segue sendo investigado pela polícia, e o golpista responsável pela fraude ainda não foi identificado.