Santaluz: Lavradora de 52 anos aguarda há mais de 10 dias por transferência para cirurgia no coração

vemvercidade 06 Jun, 2020 15:32 - Atualizado em 07 Jun, 2020 00:53 Da Redação, em Santaluz

Uma Lavradora de 52 anos que está internada no hospital de Santaluz, na região sisaleira, precisa com urgência de uma cirurgia em outra unidade de saúde, por ter um problema no coração, mas não está encontrando vaga para transferência. A paciente, Maria José dos Santos Carmo é moradora do povoado de Serra Branca, zona rural do município, está há mais de dez dias aguardando para ser encaminhada para a realização do procedimento.

Uma filha da mulher relata que toda a situação começou no dia 25 de maio após sua mãe ter se submetido a um cateterismo no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, e o cardiologista indicar outro procedimento cirúrgico. A paciente retorna para o hospital de Santaluz quando é feito uma nova regulação no dia 27 de maio.

“Toda vez que perguntamos a reposta é sempre a mesma: que a regulação sairá essa semana. Já se passaram 11 dias e nada”, disse a filha da paciente que preferiu não se identificar.

O documento, no qual o VemVer teve acesso, indica que a mulher deu entrada no hospital de Santaluz no dia 20 de maio apresentando sintomas tais como como náusea, aperto no peito e pressão alta. Ela fez o cateterismo no dia 25 após conseguir regulação, porém o médico que fez o procedimento indicou a cirurgia de angioplastia [cirurgia realizada para desobstruir artéria do coração]. 

É importante ressaltar que a regulação é um sistema da Secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para gerar vagas hospitalares e outras necessidades de pacientes dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A nossa reportagem entrou em contato com a Sesab, mas ainda não consegui retorno da pasta. 

Amigo da família da paciente, o vereador Sérgio Suzart encaminhou o caso a nossa reportagem na manhã deste sábado. “As pessoas nos procuram e o nosso papel é de cobrar providências das autoridades que gerenciam a saúde. Acabar com as filas já era para ser a obrigação dos gestores, mas parece que eles insistem em não enxerga o óbvio”, disse.