Técnica de enfermagem natural de Santaluz que trabalha em São Paulo é afastada por suspeita de coronavírus

vemvercidade 27 Abr, 2020 11:27 - Atualizado em 27 Abr, 2020 11:56 Da Redação

Uma técnica de enfermagem, natural de Santaluz (BA), que faz parte do quadro efetivo da Saúde da cidade de São Paulo, foi afastada das atividades após ter sido detectada suspeita de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19).

A luzense Marilda Costa, de 50 anos, está desde o dia 13 de abril cumprindo isolamento social em casa. Dores no corpo, tosse, coriza perca do paladar e ofato são alguns dos sintomas apontados pela profissional que trabalha há 24 anos em um pronto socorro na Freguesia do Ó e 19 no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).

Marilda falou com a nossa reportagem, por meio de mensagem. “Não tenho ideia de como teria contraído o vírus. Sempre estava me locomovendo de Máscaras N-95, a mais indicada para contato com paciente contaminado, mas sempre pegando transportes cheios de gente”.

A técnica de enfermagem aguarda resultado do teste para o coronavírus e faz alerta sobre a contaminação. “As investigações sobre transmissão ainda estão em andamento. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. A transmissão do vírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas”, concluiu.

A cidade de São Paulo já soma 713 casos confirmados da covid-19 entre profissionais da rede municipal de saúde, com 13 mortes. De acordo com a Secretaria da Saúde, 4% do total, o que equivale a 3106 servidores, estão afastados com suspeita da doença ou sintomas de síndrome gripal.

Brasil

Nos números do Conselho Federal de Enfermagem, sem contar com os médicos, 860 mil profissionais da saúde atuam em hospitais, clínicas, unidades básicas e avançadas de saúde em todo o país. O novo coronavírus já provocou mais de 7 mil afastamentos do trabalho. Só nos serviços de enfermagem, 53 pessoas já morreram por causa da doença. Entre as queixas dos profissionais da saúde está a falta de estrutura. Mas o medo, as longas jornadas de trabalho e a grande pressão também atingem em cheio quem está na linha de frente do combate à Covid-19.